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A  Assessoria Técnica Independente da Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual – ADAI, que atuará com e para os Atingidos e Atingidas do Espírito Santo (ES), realizou seu primeiro encontro presencial organizativo no estado. Em evento realizado no Centro Martinha X, na Prainha, em Vila Velha, entre os dias primeiro e quatro de fevereiro, estiveram reunidas as coordenações Geral de Projetos, de Região e de Áreas Temáticas, para elaboração de plano de trabalho e organização das equipes, além de outras demandas institucionais que tangem o caminhar do Projeto Rio Doce nos territórios.

 

Cientes da responsabilidade imbuída da posição, o encontro possibilitou aos coordenadores um momento para se conhecerem, trocarem impressões, compartilharem suas experiências e entenderem a atual situação quanto à reparação no Rio Doce. As equipes de coordenação têm tido uma rotina intensa de trabalhos, que vai desde a elaboração de material pedagógico de formação, estruturação de trabalho, plano de ação nos territórios, quanto do próprio processo de execução do edital de seleção das equipes.

 

É importante ressaltar que este processo envolve mais de uma centena de técnicos de diferentes áreas, como: jurídica, saúde, comunicação, pedagógica, entre outras que caminharão junto às dezenas de milhares de atingidos e atingidas espalhados/as pelos territórios do Vale do Rio Doce e litoral no Espírito Santo. O que implica dizer que a Assessoria da ADAI terá muito trabalho de organização, formação e acompanhamento.

 

Lidiene Cardoso, Coordenadora Institucional na ADAI, acredita que foram dias intensos e que  todos saíram fortalecidas e fortalecidos para o desenvolvimento desse projeto humano, técnico, institucional e social. “A conclusão é que esses dias de trabalhos intensos foram revigorantes e alimentaram a empolgação. Estamos ansiosos pelo grande momento que se aproxima: o de conhecer as demais pessoas das equipes selecionadas e inserção  desse lindo projeto nos territórios e comunidades atingidas”, ressaltou.

 

Para Mauro Cabano, da coordenação de Regência a contratação da Assessoria é uma vitória construída por muitas mãos e demorou muito para ser implementada. “Essa vitória é de todas atingidas e atingidos organizados no Espírito Santo, que não esmoreceram e se mantiveram firmes na convicção que a Assessoria Técnica é um direito, assim como é um direito das comunidades atingidas a Reparação Integral a partir da Centralidade do Sofrimento da Vítima”.

 

Para a Coordenação Geral de Assessorias da ADAI fica a consideração que esse processo passou por momentos de muita morosidade da justiça e combate por parte das empresas Vale, Samarco e BHP. Só agora as comunidades atingidas poderão contar com o parecer e a assessoria de técnicos independentes do Estado e das empresas para se informar, se articular e se mobilizar a partir da realidade percebida nos territórios que segue calamitosa em todos os aspectos: ambientais, econômicos e sociais.

 

Para toda equipe reunida fica a mensagem de que essa vitória foi construída por muitas mãos, e a Assessoria Técnica dos Atingidos está determinada a fazer jus às expectativas das comunidades.

Comunicação ADAI