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Famílias agricultoras e camponesas em conjunto com a ADAI tem discutido e organizado a cadeia de produção de alimentos no estado e buscado parcerias para melhorar canais de venda

Inúmeros problemas se somam para a produção de alimentos saudáveis no Brasil, como a falta de controle de estoque de alimentos regulado pelo Estado, a existência de um Plano Safra exclusivo para o agronegócio, a liberação desenfreada de agrotóxicos, entre outras.

Mais recente os vetos do governo federal à principal medida de apoio e fortalecimento da Agricultura Familiar e Camponesa durante a pandemia, a lei Assis Carvalo (PL 735/20), pode colocar em risco a produção agropecuária de base familiar nos próximos meses, produção que representam 70% do alimento que chega as famílias brasileiras. Mesmo diante desse quadro atingidos tem se organizado em conjunto com a Associação de Desenvolvimento Agricola Interestadual e organizado a produção de alimentos, orgânicos e agroecológicos e investido esforços para escoar e criar canais de venda nas cidades.

Em Rondônia desde o inicio do ano famílias atingidas de 3 comunidades, parte beneficiadas pelo projeto “Uso de Tecnologias Sociais para redução do desmatamento”, iniciaram a “Feira agroecológica das famílias do MAB”, em parceria com a Paroquia São José do Operário, que acontece todas as sextas feiras na zona sul da capital.

A experiência única, tem acontecido através da auto-organização das famílias, desde o cultivo dos alimentos, transporte e venda, que em alguns casos já tem acontecido inclusive através do WhatsApp. Além de já representar parte importante da renda das famílias, a feira tem garantido incrementar o investimento nos lotes e melhorar a qualidade de vida dos camponeses.