A ciranda é a nergia da luta (1)


Do Rio ao Mar: Nossos direitos, já! 

 

O que seria a educação no mundo e em suas relações? Já parou para pensar que são muitos os tipos, formas e ramificações do processo educativo humano? Dentro desse mundo tão diverso temos a educação infantil, e nela, temos a ciranda. No Brasil, em 25 de agosto é celebrado o dia nacional da educação infantil. Essa data é uma homenagem à Dra. Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança em 1983. Nesse período da história, o país vivenciava crise alimentar, alto índice de desnutrição e analfabetismo infantojuvenil em meio a uma ditadura militar.  

 

Dos sonhos e rebeldia de Zilda Arns, a Pastoral da Criança se fortaleceu com muitas mãos aliadas, e se expandiu para mais de 20 países na América Latina, Europa e África, no compromisso da busca pela dignidade de viver, brincar e estudar para as crianças do Brasil e do mundo. 

 

Pensar a educação infantil exige compromisso na luta por direitos, pensar a segurança e o acolhimento infantojuvenil, e defender a educação como prática libertadora. É um processo que equilibra a seriedade com a alegria, guiado o compromisso do escolarizar junto ao brincar, acolher e amar. 

 

Nos movimentos sociais e organizações populares um espaço que visa a educação infantil é a Ciranda, um lugar de reconhecimento das crianças e jovens enquanto seres de direitos. Ela tem como objetivo garantir o reconhecimento, a participação e acolhimento das demandas infantojuvenis, além de qualificar a participação de seus familiares em momentos de organização, formação e lutas coletivas. Assim como a Pastoral das Criança, a Ciranda nasce coletivamente e se fortalece em muitas mãos, pois conta com profissionais das áreas pedagógicas e com pessoas voluntárias que fazem formação sobre o processo educativo. 

 

Na luta por reparação para os povos atingidos por barragem, a Ciranda é a energia da luta organizativa. Sem ela, o movimento por reparação não anda, pois ela é processo educativo, é lugar das crianças, mães e familiares que se unem na luta pela garantia de direitos coletivos. 

 

Logo, nós que fazemos parte da Adai, reforçamos que toda criança tem direito de brincar, amar, ser amada e ser parte do processo educativo tendo seus direitos respeitados. Viva a ciranda, viva a luta do povo atingido e a energia da luta, viva nossas crianças e jovens! 

 

“Sem a Ciranda a luta não anda!