A equipe técnica do projeto Produção Sustentável em comunidades atingidas da Amazônia esteve reunida no último dia 27 de maio para fazer um balanço das atividades administrativas e articulações nas comunidades realizadas durante o mês. A reunião foi feita em videoconferência, sob a coordenação do presidente da ADAI, Rogério Paulo. 

Neste primeiro mês, as equipes da ADAI localizadas nos estados do Pará, Tocantins, Rondônia, Amapá e Mato Grosso iniciaram as articulações com as famílias candidatas a participarem do projeto, com órgãos públicos locais e universidades, com apoio de parceiros como o MAB (Movimento Atingidos por Barragens) e MCP (Movimento Camponês Popular). 

Na reunião foram relatadas as articulações em cada localidade para a implantação do projeto, cada região escalou um representante para apresentar as condições e os encaminhamentos como a realização de encontros de formação com as famílias selecionadas. 

No Pará, as equipes do Baixo Tocantins/Cametá e de Marabá fizeram reuniões com as lideranças políticas para apresentar o projeto do Fundo Amazônia e levantar quais são as demandas de projetos complementares. 

No Mato Grosso, as equipes estão preparando a etapa de formação das famílias interessadas no projeto. A oficina de formação está prevista para ser realizada nos dias 13 e 14 de junho.

As articulações permitirão às técnicas e técnicos do projeto saberem quais locais serão adequados para a implantação dos viveiros, plantios de árvores ou dos PAIS (Projetos Agroecológicos, Integrados e Sustentáveis), além de mapear as famílias interessadas. Na segunda etapa, que começa em junho, essas equipes vão fazer o diagnóstico das áreas e das pessoas e definir qual tipo de ação será feita em cada área.

Grupos de trabalho

No primeiro encontro das equipes, realizado em Belém, foram criados grupos de trabalho para apresentar propostas para a coleta de informações do diagnóstico, elaboração de projetos complementares e levantamento da legislação de licenças ambientais para produção agroecológica. Estes grupos apresentaram os resultados dos levantamentos nesta reunião do dia 27.

O GT dos projetos complementares apresentou as discussões sobre a instalação de quintais produtivos, casas de farinha e outras formas de produção que poderiam ser adotadas nas regiões de acordo com os interesses das famílias locais. O grupo iniciou o levantamento de orçamentos para a implantação de viveiros com empresas especializadas. Indicaram, no entanto, que precisam ter os locais onde serão feitos os viveiros, para fechar esse levantamento.

Já o GT de Diagnóstico informou que a plataforma desenvolvida pela ADAI para registrar as informações das famílias está em fase de ajustes e testes com a equipe técnica. A plataforma é um formulário online que será preenchido pelas equipes com a documentação e informações das famílias e das terras.

O GT de Legislação ainda não conseguiu se reunir em maio, mas deverá apresentar o levantamento em junho.

Próximos passos

Em junho, as equipes deverão realizar o diagnóstico das famílias e organizar os encontros de formação. Os veículos comprados pelo projeto para atender às equipes nas regiões, como caminhonetes, motos e barco deverão ser entregues nos próximos meses.

O que é o projeto

O projeto Produção Sustentável em Comunidades atingidas da Amazônia, executado  pela ADAI e entidades parceiras, vai atender 600 famílias de comunidades mais vulneráveis localizadas em 5 estados da região amazônica: Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso. As mulheres e os estudantes dessas comunidades receberão um olhar mais específico dentro do projeto.

Até 2027 serão implantados projetos de produção agroecológica, como os PAIS e viveiros de árvores nativas para estimular a geração de renda dessas famílias, garantir sua permanência nestes territórios e promover o reflorestamento das áreas degradadas. 

Outra frente de ação será a conscientização e a formação das famílias e dos moradores dessas localidades para as práticas de preservação do bioma e de produção agroecológica. 

Com o estímulo à economia local e as ações educativas, o projeto pretende deixar um legado duradouro, permitindo que as famílias tenham condições dignas de viver em suas comunidades.

O projeto Produção Sustentável em Comunidades Atingidas da Amazônia recebe recursos não reembolsáveis do Fundo Amazônia, conforme o contrato n° 24.2.0365. Serão recebidos R$ 32.323.825,00. O Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)