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Aconteceu entre os dias 28 a 30 de outubro, na cidade de Belém, estado do Pará, o primeiro encontro de intercâmbio das famílias beneficiárias pelo projeto “Uso de Tecnologias Sociais para Redução do Desmatamento”. A atividade contou com a presença de 80 pessoas, sendo 41 mulheres e 39 homens, vindas da região de Itaituba/Pa, Altamira/Pa, Marabá/Pa, Tocantins, Mato Grosso e Rondônia.

A atividade teve como objetivo central a troca de experiências entre as famílias beneficiárias, no que diz respeito a implementação, funcionamento e desafios colocados para o projeto. Durante o encontro, foram desenvolvidas atividades de apresentação geral dos resultados obtidos com a realização do diagnóstico das famílias, debates sobre as potencialidades e limites do projeto. As famílias puderam apresentar de forma concreta, a partir da realidade em suas propriedades, os resultados já obtidos, assim como escutar as outras regiões sobre sua experiência na implementação do projeto.

Rogério Hohn, coordenador geral do projeto, durante o encontro que aconteceu em Belém do Pará. 

Para o coordenador geral do projeto, Rogério Hohn, os resultados obtidos até o momento atendem as expectativas das famílias: “A renda média aumentou em mais R$ 380,00 ao mês, houve um significativo aumento na diversidade de variedades de plantas incorporadas ao projeto, tanto para o consumo das famílias como também para a venda”. O coordenador ainda destacou o trabalho do projeto em relação ao cuidado da Amazônia: “Do ponto de vista da consciência em relação a preservação da Amazônia, foco desse projeto, há uma clara sensibilização das famílias em apoiar iniciativas de proteção do meio ambiente. Prova disso, é que até o momento já foram plantadas mais de 36 mil mudas de árvores nativas, sendo que a meta colocada era de 24 mil”.

Francisca, beneficiária do projeto na comunidade São Raimundo Nonato, comunidade próxima a Itaituba, Pará, disse: “O projeto mudou muito nossa vida. Eu já lutava com horta, só que não era que nem a do PAIS, era manual, pequenininha. Agora a gente aumentou e nossa situação vem melhorando. Estamos produzindo, vendendo. Minha filha trabalha na feira de Itaituba e vendemos lá nossos produtos”. Francisca destacou o papel da equipe técnica: “eles tem ajudado muita à gente na implementação,  qualquer coisa que acontecer a gente liga e eles sempre estão acompanhando”. Citou como uma das maiores dificuldades a falta de transporte para comercialização dos produtos, mas afirmou: “assim como é uma dificuldade é um desafio”.

Para o próximo período, prevê-se a implementação dos demais projetos, buscando atingir as todas as 240 famílias. Até o momento já foram implementados 159 hortas, restando 81 a serem implementadas até janeiro de 2020. O projeto “Uso de tecnologias sociais para redução do desmatamento” é uma conquista das famílias atingidas e vem sendo implementado com recursos do Fundo Amazônia, através da Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI).