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As equipes técnicas da Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI) e do Fundo Amazônia visitaram 10 famílias beneficiárias do projeto “Uso de tecnologias sociais para redução do desmatamento” na comunidade Boa Esperança do Burgo, em Marabá, Pará.

Aconteceu em Marabá/PA, entre os dias 27 a 29 de maio de 2019, o segundo encontro de planejamento, monitoramento e avaliação do projeto “Uso de tecnologias sociais para redução do desmatamento”, que envolveu as equipes das unidades locais de Rondônia, Sinop/MT, Itaituba, Altamira e Marabá no estado do Pará e o Tocantins, juntamente com lideranças locais que acompanham a implementação do projeto. Na atividade estiveram presentes também os profissionais da unidade central e técnicos do Fundo Amazônia.

No dia 28 de maio, foram feitas 10 visitas a famílias beneficiárias da comunidade Boa Esperança do Burgo, no município de Marabá, juntamente com técnicos do Fundo Amazônia que acompanham o projeto.

Essa visita a campo faz parte do monitoramento e torna-se importante para visualizar e acompanhar a execução a campo do projeto. Para a Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI), responsável por executar o projeto, o acompanhamento dos técnicos do Fundo Amazônia serve também como um mecanismo de avaliação dos resultados esperados, e estando em sua fase de implementação, as recomendações servem para corrigir possíveis falhas antes do término do projeto. Para Patrícia Assunção Costa, engenheira Agrônoma da unidade local de Marabá, “a visita do banco é importante para ter uma dimensão da realidade que as famílias vivem”. Reforça ainda que as visitas “animam as famílias que querem mostrar a funcionalidade e o êxito do projeto”.

Durante as visitas, os depoimentos dos beneficiários e beneficiárias é animador, pois o projeto dialoga diretamente com as necessidades das famílias e cria uma consciência pela preservação do meio ambiente, através de atividades produtivas, de capacitação e de geração de energia elétrica.

Segundo Avandro Pereira, beneficiário da comunidade Boa Esperança do Burgo, “antes da implementação do projeto, eu acordava as 6 horas da manhã e tinha que puxar água no balde para encher uma caixa d’água de 500 litros e a tarde eu enchia ela novamente. Isso era cansativo e hoje tenho problemas de coluna por conta disso. Com esse projeto, só preciso ir apertar um botão e a caixa de 5 mil litros enche, e tenho água para a semana toda que irriga a minha horta, usando energia do sol que aqui é muito abundante e vem de graça”.

Já a beneficiária Vilma Pedreira Gois, dessa mesma comunidade, afirma que “o projeto resgata práticas esquecidas como a produção de alimentos saudáveis, o uso dos recursos naturais de forma sustentável e o mutirão entre as famílias. Isso é bom e tomara que essas práticas continuem sendo fortalecidas”.

Um dos grandes limites destacados por todas as famílias e visualizado durante as visitas são as péssimas condições das estradas. Isso é um grande limitante para todas as famílias no desenvolvimento de atividades que visam a geração de renda, e compromete outros aspectos como a educação dos filhos e filhas, acesso a serviços de saúde e assim por diante.

O projeto “Uso de tecnologias sociais para redução do desmatamento” é uma conquista das famílias atingidas por barragens e é executado pela Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), através do contrato de concessão de colaboração financeira não reembolsável nº 17.2.0254.1